Participação romena na 21ª edição do Festival Internacional de Cinema Independente IndieLisboa

 Participacao romena na 21 edicao do Festival Internacional de Cinema Independente IndieLisboa  Participacao romena na 21 edicao do Festival Internacional de Cinema Independente IndieLisboa  Participacao romena na 21 edicao do Festival Internacional de Cinema Independente IndieLisboa  Participacao romena na 21 edicao do Festival Internacional de Cinema Independente IndieLisboa  Participacao romena na 21 edicao do Festival Internacional de Cinema Independente IndieLisboa  Participacao romena na 21 edicao do Festival Internacional de Cinema Independente IndieLisboa  Participacao romena na 21 edicao do Festival Internacional de Cinema Independente IndieLisboa

Na edição deste ano do Festival Internacional de Cinema Independente IndieLisboa, que decorrerá na capital portuguesa entre 23 de maio e 2 de junho, o cinema romeno estará representado pela longa-metragem Where Elephants Go de Gabi Virginia Şarga e Cătălin Rotaru, selecionada na Competição Smart7. A convite dos organizadores do festival e com o apoio do Instituto Cultural Romeno em Lisboa, a atriz Alice Cora Mihalache marcará presença na projeção do filme, seguido de uma sessão de Q&A. O filme será projetado no dia 26 de maio de 2024, no Cinema Fernando Lopes, às 21h30.

Where Elephants Go é a terceira colaboração dos realizadores-argumentistas Gabi Virginia Şarga e Cătălin Rotaru. É uma coprodução romena da Green Cat Film, Atelier de Film e Avanpost, distribuída internacionalmente pela Reason8. Entre a infinidade de temas propostos e abordados pelo filme, destaca-se a dupla mãe-filha, formada por Magda (Alice Cora Mihalache) e Leni (Carina Lăpușneanu), duas personagens femininas lutadoras que falam da típica tenacidade feminina para enfrentar as vicissitudes do destino. Magda e Leni demonstram com delicadeza e coragem que não são poucos os sacrifícios que uma mulher ou menina, mãe ou filha, devem fazer para vincar num mundo hostil. O filme teve a sua estreia mundial no dia 15 de março, no Festival de Vilnius, evento que abre a temporada Smart7, na presença dos dois realizadores, das atrizes principais Alice Cora Mihalache e Carina Lăpușneanu, a produtora Gabi Suciu e o diretor de fotografia, Adrian Pădurețu. A montagem é assinada por Ștefan Azaharioaie e a cenografia por Simona Pădurețu. O elenco também inclui Richard Bovnoczki, Iulia Verdeș e Kani-Andrei Hîncu.

Alice Cora Mihalache (nascida em 1983, Constanța, Roménia) é uma atriz de teatro e cinema. Licenciou-se pela Faculdade de Línguas e Literaturas Estrangeiras da Universidade Cristã "Dimitrie Cantemir", na especialidade de Inglês e Espanhol, e pela Faculdade de Teatro da UNATC "I.L. Caragiale", na classe do professor Adrian Titieni. Vive em Bucareste, onde pode ser vista no palco da Ópera Nacional, num espetáculo de teatro-dança. Juntamente com os realizadores Hakan Unal e Hamed Soleimanzadeh, filmou na Turquia a película The Shell, em língua turca. Trata-se de uma coprodução turco-romena-iraniana que está em pós-produção. Além disso, faz parte do elenco do próximo filme artístico do realizador Bogdan Mureșanu, The New Year That Never Came. O papel que interpreta na longa-metragem Where Elephants Go está cheio de variações e muitos estados de espírito ao mesmo tempo. É um papel complexo, o mais forte que desempenhou até à data. Filmografia: Fashion Race (2014), Pororoca (2017), See You Soon (2019), Dampyr (2022), Watcher (2022), Where Elephants Go (2024).

Sinopse Where Elephants Go: O filme conta a história de Leni, uma menina com uma doença incurável que quer deixar um rastro da sua existência. De Magda, a sua mãe que luta para salvá-la e para isso se prostitui, e de Marcel, um jovem deprimido e com tendências suicidas. É uma história de amor e amizade de três personagens que se encontram num momento difícil das suas vidas. Mas também é uma comédia. Embora o nome do filme sugira a presença de elefantes, eles estão completamente ausentes, sendo substituídos por uma estética que irá desafiar e incitar o espectador. O filme convida a uma introspeção sobre a fragilidade humana e a nossa vulnerabilidade, através de diálogos profundos e momentos cómicos, e tem como objetivo tirar o espectador da zona de conforto e fazê-lo enfrentar as questões essenciais da existência.

"Este filme é um diálogo contínuo entre uma estética de identificação e uma estética de distanciamento. Levaremos o espectador a empatizar com os dramas das personagens, a sofrer e a rir com eles, mas ao mesmo tempo mostrar-lhe-emos os pré-fabricados a partir dos quais são construídos os dramas das mesmas personagens. Este filme pretende desafiar o espectador através da montagem, do som e da cor, tirá-lo do conforto da sua alma, para assumir a sua existência como uma vulnerabilidade que necessita de ser interrogada. A função essencial deste filme não é entreter, iludir o espectador com ilusões, mas destruir as ilusões e forçá-lo a enfrentar questões essenciais. O espetador de cinema não é nada passivo, ele é, em parte, autor do filme pelo próprio ato de decodificação do filme. A nossa intenção é fazer com que o espetador participe ativamente na ficção cinematográfica proposta e, após o visionamento, questione o sentido da sua própria ficção." – Gabi Virginia Şarga, Cătălin Rotaru

A competição Smart7 surgiu na 20ª edição do IndieLisboa e nasceu de um encontro internacional entre sete festivais de cinema europeus que fazem parte da mesma rede: Thessaloniki IFF, Reykjavic IFF, Festival Internacional de Cinema de Vilnius Kino Pavasaris, Festival Internacional de Cinema New Horizons, Festival Internacional de Cinema FILMADRID, IndieLisboa e Festival Internacional de Cinema da Transilvânia. O júri é normalmente composto por sete jovens estudantes dos países mencionados. Por conseguinte, sete longas-metragens selecionadas da Grécia, Islândia, Lituânia, Polónia, Portugal, Espanha e Roménia irão circular em 2024 pelos sete festivais. No final da temporada, no âmbito do Festival de Salónica (marcado para novembro), um júri internacional decidirá o realizador vencedor. O objetivo da rede Smart7 é responder às necessidades atuais da indústria cinematográfica e proporcionar uma nova visão para o futuro da cultura dos festivais de cinema. Ao mesmo tempo, o Smart7 é também uma secção competitiva, através de um programa itinerante colaborativo e coordenado entre os festivais, com uma seleção de sete filmes escolhidos pelo seu valor artístico e proposta narrativa.